Pensar que Deus iria usar os brasileiros, ou principalmente a estes, é desconhecer o Deus que chamou a Abraão, Moisés, Gideão, Sansão, Davi, Jonas, Daniel, Neemias, João Batista, Pedro, João, Mateus, Simão o Zelote, Paulo, Timóteo e tantos outros na história – de diferentes lugares, profissões, estilos de vida, temperamentos e famílias. Temos um Deus que chama a quem quer, usa a quem quer e como quer e age na Sua multi-forma sabedoria, confundindo os homens com milagres inexplicáveis e tranformando vidas com Seu amor. Nosso Deus é o Senhor criador de toda a terra, que ama os homens de todos os lugares e quer agir em todos e sobre todos. Enfim, um Deus que chama de todos os lugares para todos os lugares, e não somente do Brasil para trabalhar em alguns lugares, ou no próprio país, como a visão míope que muitos gostam de pensar – ou de “ver”.
Por que não podemos falar que somos o celeiro de missionários, além destas razões apresentadas acima:
1) A falta de compromisso da igreja com a obra missionária. Seguindo a falta de visão da liderança (leia-se muitos líderes, não todos, claro), a igreja não envia mais missionários para o campo porque não sabe o que é isto – para quê, onde, como, quem, quanto tempo? Algumas igrejas não sabem o que é fazer Conferência Missionária, outras deixaram de fazer porque “não dá gente” e o “povo não gosta de missões”, afinal “é sempre a mesma coisa”. Tudo isto reflete a liderança que prefere as “festas e eventos” cheios de gente mas vazios de espiritualidade sadia – também, sempre a mesma coisa. De evento em evento, a igreja vai se tornando em “vento”, porque não quer seguir o “vento do Espírito, que sopra onde quer”.
2) A falta de visão de muitos líderes para os campos brancos para a ceifa. Jesus falou para “levantarmos os nossos olhos”, mas muitos abaixaram a cabeça, olhando apenas para dentro do país, para Jerusalém, para a missão local, achando que estavam fazendo o correto. Não só, mas principalmente, o Movimento G12 que acabou com a visão de muitos líderes sobre a obra missionária transcultural, com palavras como “sonho, visão, conquista, multiplicação” – palavras bonitas que enterraram a capacidade de ir além, embora eles achem que tem a “visão”. Quantos missionários voltaram do campo por causa dos Encontros? Quantos deixaram de ir? Afinal, vamos ganhar o Brasil para Cristo, a cidade para Cristo.
3) A falta de boa vontade para cumprir a ordem de Jesus de “ir por todo o mundo e pregar a toda a criatura”. Mais uma vez, como sempre, a culpa é da liderança que se mostra com muita disposição para aumentar os templos, construir mais e “alargar a tenda porque o povo está crescendo”. Mas, nunca vemos a mesma disposição, ou a mesma visão, quando se trata de enviar missionários e sustentar a obra missionária. Nunca falta dinheiro para as construções, nem fé, mas nunca temos dinheiro para cumprir o “ide” de Jesus, afinal “é muito caro manter uma família fora do país”. Esta incredulidade para fazer missões deve causar náuseas no Senhor Jesus, pois causa nojo naqueles que querem levar o evangelho e sempre se esbarram nesta mornidão laodicense.
Vou parar por aqui e deixar você refletir um pouco sobre estas palavras. Não pretendo tolhir os comentários e críticas, nem os elogios. Não importa o que você vai escrever aqui, desde que isto balance com as tuas idéias e te faça agir para com o Reino de Deus. Em breve, a segunda parte.
Um abração,
Durval.
Blog bom de ler, edifica nossas vidas e família.
ResponderExcluirSempre digo... não precisa ser nada complexo, basta se dispor...
Mãos no arado e não olhar para trás.
Durval não pare, blog é ferramenta importante nas mãos de quem se dispõe.
Um abraço,
Sidney (meu blog : papodesenhista.blogspot.com)